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terça-feira, 12 de junho de 2018 - 19h

A luta que cura: função terapêutica dos movimentos sociais

A coletividade dos movimentos sociais possui função terapêutica? A crise e os impasses políticos deprimem? De que maneira a tradição autoritária influencia a constituição psíquica de nossa sociedade? Essas e muitas outras questões urgentes que afligem o Brasil atualmente serão debatidas por Maria Rita Kehl, Guilherme Boulos e Tales Ab'Sáber, com mediação do jornalista Rodrigo Martins, em encontro que acontece na Tapera Taperá 12 de junho.

O debate marca o lançamento do livro de ensaios BOVARISMO BRASILEIRO, de Maria Rita Kehl, pela Boitempo, e é realizado em parceria entre a editora, a Tapera Taperá, a revista CartaCapital e a Autonomia Literária.

Após a conversa, haverá sessão de autógrafos com os debatedores.

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TRANSMISSÃO AO VIVO

A atividade será transmitida ao vivo pela página da Tapera Taperá aqui no Facebook.

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SOBRE O LANÇAMENTO

📚 BOVARISMO BRASILEIRO: ensaios, de Maria Rita Kehl
https://bit.ly/2Ihndgf

A psicanalista Maria Rita Kehl retorna às livrarias com a coletânea Bovarismo brasileiro, que reúne alguns ensaios marcantes sobre temas que abarcam desde a literatura de Machado de Assis até um estudo de caso - o atendimento de um militante do MST -, passando por reflexões acerca das origens do samba, do manguebeat, do período de expansão da rede Globo e da primeira campanha de Lula. Para dar liga às suas análises, a autora vale-se do conceito de bovarismo, cunhado pelo filósofo e psicólogo Jules de Gaultier com base na personagem Emma Bovary, de Gustave Flaubert, uma ambiciosa e sonhadora pequeno-burguesa de província que, à força de ter alimentado sua imaginação adolescente com literatura romanesca, ambicionou "tornar-se outra" em relação ao destino que lhe era predestinado. Kehl provoca: Seria o bovarismo um sintoma da sociedade brasileira?

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SOBRE OS DEBATEDORES

MARIA RITA KEHL é brasileira, nascida em Campinas (SP). Foi jornalista entre 1974 e 1981, tendo publicado artigos em diversos jornais e revistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Editou a seção de cultura nos jornais Movimento e Em Tempo, periódicos de oposição à ditadura militar. Doutora em psicanálise pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), atua desde 1981 como psicanalista em clínica de adultos em São Paulo e, desde 2006, na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Guararema (SP). Em 2010 recebeu o prêmio Jabuti de melhor livro do ano de não ficção com O TEMPO E O CÃO (Boitempo). É autora de diversos livros, dentre eles DESLOCAMENTOS DO FEMININO, 18 CRÔNICAS E MAIS ALGUMAS e VIDEOLOGIAS (com Eugênio Bucci), todos publicados pela Boitempo. Integrou a Comissão Nacional da Verdade. Em seu novo livro, BOVARISMO BRASILEIRO, trata do caso clínico de um militante do MST.

GUILHERME BOULOS é dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do (MTST) e pré-candidato à presidência pelo PSOL. Formado em filosofia na Universidade de São Paulo (USP), especializou-se em psicanálise e atualmente faz pós-graduação em psiquiatria, estudando as relações entre depressão, isolamento social e organização coletiva. É autor de POR QUE OCUPAMOS? (Autonomia Literária) e DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ? (Boitempo).

TALES AB'SÁBER, psicanalista, é doutor em Psicologia Clínica/psicanálise pelo Instituto de Psicologia da USP e membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Autor de diversos livros sobre psicanálise, política e cultura, dentre eles LULISMO, CARISMA POP E CULTURA ANTICRÍTICA (2011), DILMA ROUSSEFF E O ÓDIO POLÍTICO (2015) e TEMER E O FASCISMO COMUM (no prelo), todos publicados pela editora Hedra. É autor de um dos artigos da coletânea BALA PERDIDA, sobre a violência policial no Brasil, publicado pela Boitempo.